Políticos na mira de Nascimento

O CAPITÃO NASCIMENTO (Wagner Moura), tornado coronel em Tropa de Elite 2, agora tem um antagonista no filme. Enquanto ele preza a força na repressão policial, Diego Fraga (Irandhir Santos) dá aulas falando de direitos humanos. Logo no início, quando o personagem, um professor de história, é apresentado, o oficial do Bope faz a narração, criticando a turma “dos direitos humanos” em quem os “maconheiros” votam. Fraga é baseado em um personagem real, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) – apoiado por Wagner Moura na última eleição. O ator não usa drogas, como supõe o coronel, mas concorda com a ideia apresentada no filme, de que as milícias nos morros cariocas são o que se pode chamar de crime organizado – e Aleixo foi o deputado que pediu a CPI das milícias no Rio. O tom político do longa, adotado também pelos atores, dominou a noite da estreia. Exibido pela primeira vez na terça-feira 5, em Paulínia (SP), Tropa de Elite 2 chegou em carro com segurança, com os convidados tendo de deixar celulares fora da sala, e passar por detectores de metal. Tudo para tentar evitar a pirataria, que fez do primeiro Tropa um marco, tendo sido copiado antes mesmo da estreia e, de acordo com o Ibope, visto por 11 milhões de pessoas de forma ilegal. O público da primeira projeção aprovou a visão do diretor, José Padilha, sobre segurança pública e, claro, mostrou que continua vibrando com Nascimento, aplaudido algumas vezes durante o filme, especialmente no momento em que espanca um deputado.
No dia seguinte, mesmo com olheiras por causa da festa após a exibição, Wagner e Padilha estavam dispostos para o debate. De cinema, pouco se falou, mas de política, muito. Wagner contou estar ansioso pelas perguntas. E elas não faltam: sobre pirataria, segurança pública, milícias, violência, a acusação feita de que o primeiro filme era “fascista”.
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