Nem malhação, nem religião

Quando a escritora americana Claire Dederer procurou aulas de ioga, diz ter escolhido uma escola decorada no estilo “não tenha medo, nós não somos um culto”. Pensou que talvez conseguisse o bumbum invejável de sua amiga Katrina, que também tinha aderido à prática. Riu da professora que disse se chamar Atosa, mas que tinha cara de Jennifer. Claire conta que encarava com ceticismo as pílulas de sabedoria oriental disparadas pelos professores entre um pranayama, exercício de respiração, e uma asana, nome dado às posturas de ioga. Criada por mãe e padrasto hippies, ela decidira que havia esgotado na infância sua cota de misticismo e práticas alternativas. Tudo o que queria era ficar flexível, magra e rija, sem as dores nas costas que a atormentavam. Mas a ioga deu a Claire mais do que ela procurava. A mistura de técnicas de respiração e alongamento, criada há mais de 5 mil anos na Índia com o objetivo de preparar o corpo e a mente para atingir estados transcendentais, r...